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Crows - Pancadaria entre alunos rebeldes


  Crows é um mangá de porradaria escrito e desenhado por Hiroshi Takahashi. Infelizmente nunca chegou a ser lançado aqui no Brasil, então temos que nos contentar em ler pela internet graças aos nossos queridos scanlators. O mangá começou a ser publicado em 1990 e terminou em 1998.


  Provavelmente o que me fez gostar muito de Crows foi o fato de eu gostar pra caramba de Bully (jogo da Rockstar). O protagonista, Bouya Harumichi é transferido para a pior escola de todas, Suzuran, onde lá começa a sentar o cacete nos maiorais e assim aumentar sua reputação. O cenário todo que o mangá se passa é dividido em várias escolas e dentro dessas mesmas tem suas gangues. É aí que a trama se desenrola: Bouya no meio disso e sinceramente não ligando muito para ser o maioral e sim viver sua vida de forma despreocupada.


  O protagonista sem dúvidas é o carismático Bouya, mas o mangá traz personagens marcantes que vão seguir se destacando até o fim dessa bela aventura. É basicamente o mesmo destaque que Boku no Hero dá para seus personagens, então ao invés de ter só porradaria, esse mangá se destaca por mostrar muito bem o lado humano de cada personagem. Eu por exemplo não me apegava fazia tempo em um protagonista como fiz com Bouya. 

  O mangá não é longo, quase chega aos seus 100 capítulos. Resumindo como é o ritmo de uma forma bem simples: novas pessoas vão chegando na cidade e cada vez tem um desafiante diferente, seja para Bouya ou até mesmo para algum integrante das escolas. Pode parecer até simples demais, mas não se enganem, cada novo personagem traz uma carga de personalidade muito grande.

  As escolas são muito bem retratadas. Cada uma com suas peculiaridades. É bem doido ver os rapazes se juntando no banheiro para fumar enquanto fazem pose de quebrada. O mais doido ainda é que a escola do protagonista é uma escola para meninos que SÓ a escorja frequenta, ou seja, os que não se encaixaram em nenhum outro colégio acabaram indo pra lá. 

  As lutas são muito bem pensadas e desenhadas. O autor consegue passar o clima sério quando precisa, como também passar o que quer em cada cena de ação. Por mais que esse gênero de colegiais baderneiros seja algo bem comum, esse é o primeiro mangá do gênero que acompanho. Pelo que deu para entender o diferencial desse autor é o ar dramático ou profundo que ele traz para seus personagens.

  Mas não é só de lutas que vemos nesse mangão. O humor também é muito bem empregado, seja com seus personagens engraçados ou com Bouya dando uma de GTA enquanto pega emprestado as motos das pessoas na rua. O engraçado é quando envolve meninas no meio, porque os rapazes que começam a namorar são os diferentões, acabam sendo alvo dos amigos para que apresentem de uma vez as amigas da namorada. É fogo, viu, não é fácil até para os maloqueiros nos anos 90, pega mulher não é fácil não, mas cair no soco é.

  Como já citei antes nesse texto, vou destacar a curva que o mangá faz.  Com o tempo, obviamente os meninos vão se formando e largando a escola. Então os mais novos que eles, que vem do  ginásio, acaba ficando como nova geração. Junto disso, novos personagens também carismáticos aparecem, como Zetton! Por outro lado, os  já conhecidos personagens que acompanhamos por vários capítulos, vão tomando rumo na vida, se dando conta que  a vida não é só baderna. É nessa parte que o mangá mais se destaca.


  Trazendo uma das cenas mais tristes que já presenciei em mangás, um dos personagens sente na pele que a vida não é só brincar de gangue. Alguns vão trabalhar em obras, outros em lojas, ou até se mudam de cidade para outros fins. Mas o que fica para nós leitores é: você sabe o que vai fazer da vida?


  Mangá Crows deve ser lido por todos aqueles amantes de ação com um belo toque de humor. Lembrando que não foi lançado aqui no Brasil, então vão ter que procurar para ler aqui na internet. E ah, o mangá tem uma continuação que eu ainda não comecei a ler, também já está finalizada. 

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